Porque eu decidi emagrecer.
Já fazem alguns anos que estou muito acima do meu peso (muito acima mesmo, faixa de obesidade) e que isso me incomoda. Me incomoda sim, mas não porque eu me ache feia, horrenda e estou fora dos padrões da mídia. Muito pelo contrário, eu gosto bastante de mim e me acho bem bonita. O que me incomoda são as dores que sinto no corpo por causa do sobrepeso (joelho, pés e costas principalmente), me incomoda a dificuldade de achar roupas, me incomoda os comentários negativos e a falta de educação das pessoas. Me incomoda pensar que eu estou provocando a longo prazo problemas de saúde pra mim e que isso vai influenciar diretamente na minha vida e na vida das pessoas que eu amo.
Já fazem alguns anos também que luto contra isso. Já fiz dietas malucas, já tomei remédios, já quis acordar magra e sempre frustrada descontava na comida e era tudo um looping sem fim. Ao longo desses 8 anos já emagreci 10kg duas vezes, mas não consegui manter e sempre engordava de novo e cada vez mais.
Em agosto ano, morreu uma das pessoas mais importantes da minha vida: meu avô. As vésperas de completar 81 anos, ele colecionava problemas de saúde que tinham relação direta com a maneira que ele se alimentava e com o sobrepeso. Eu sinto muita falta do meu avô, sofri muito com a morte dele e tenho certeza que ele poderia ter vivido muito mais se tivesse mais saúde. Ele detestava viver a base de remédios e essa é uma das coisas que temos em comum, pois eu também detesto tomar remédio e frequentar hospital.
A morte dele serviu para que eu pudesse ver que aos 28 anos já estava traçando a mesma rota, de provocar problemas de saúde, de "comer" doenças das mais variadas tendo uma alimentação desregrada e pouco saudável. A morte dele serviu para que eu quisesse mudar de verdade e definitivamente, porque eu quero viver muito e quero viver bem. Quero poder ser pras pessoas que eu amo o que meu avô era pra mim: um exemplo de força, amor e determinação.
Meu peso atual era igual ao peso que tive quando a Cecília nasceu, ou seja, estou com o peso de mim gorda mas grávida de 9 meses e isso foi um choque. Mostra todo o descontrole que a situação chegou.
A primeira providência que tomei foi ir ao médico e pedir exames completos para saber quais eram as condições da minha saúde e pra minha felicidade estava tudo muito bem, todos os níveis bons e todos os orgãos funcionando direitinho. Ponto pra mim!
Na visita ao endocrinologista ele quis me passar um remédio pra emagrecer e eu disse que já tinha pegado essa barca furada e não queria mais passar por isso e a resposta dele foi: "procure então uma nutricionista, porque eu aqui só passo remédios".
Foi exatamente o que eu fiz, encontrei uma nutricionista muito querida que entendeu minhas nece$$idades e me passou uma dieta completamente aceitável e exequível.
Também voltei pra academia e isso me fez um bem imenso, poder ter um tempinho só pra mim e botar o corpo em movimento faz uma diferença enorme.
O que todas essas tentativas ao longos dos anos me ensinaram foi que não existe milagre e que emagrecimento rápido não é e não tem como ser efetivo. Que é preciso muita determinação e muito foco, que é preciso querer por você e não pelos outros, que não é fácil mas também não é impossível, que é tudo uma questão de escolha e que o melhor é sempre fazer uma escolha de cada vez. Sem neura, sem desespero e com a certeza de que o objetivo será alcançado.
Abri o olhos para alimentos saudáveis e que podem e são gostosos, pra receitas, pra um relacionamento diferente com a comida e tenho certeza absoluta de que agora vai. Porque afinal de contas, só não consegue quem desiste.
Até a próxima!
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