quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Sobre escolher mudar.

O ano está chegando ao fim e bate aquela sensação de falta de aproveitamento. Você já começa a pensar na listinha de objetivos pro próximo ano, exclui alguns itens, acrescenta outros e arrasta vários que já fazem parte dessa lista há muito tempo e... Peraí! Isso não está certo. Por que depender de um calendário pra fazer algo que você tem vontade mesmo? Por que se prender a desculpas esfarrapadas? Vamos parar com isso e é já!

Porque eu decidi emagrecer.


Já fazem alguns anos que estou muito acima do meu peso (muito acima mesmo, faixa de obesidade) e que isso me incomoda. Me incomoda sim, mas não porque eu me ache feia, horrenda e estou fora dos padrões da mídia. Muito pelo contrário, eu gosto bastante de mim e me acho bem bonita. O que me incomoda são as dores que sinto no corpo por causa do sobrepeso (joelho, pés e costas principalmente), me incomoda a dificuldade de achar roupas, me incomoda os comentários negativos e a falta de educação das pessoas. Me incomoda pensar que eu estou provocando a longo prazo problemas de saúde pra mim e que isso vai influenciar diretamente na minha vida e na vida das pessoas que eu amo.
Já fazem alguns anos também que luto contra isso. Já fiz dietas malucas, já tomei remédios, já quis acordar magra e sempre frustrada descontava na comida e era tudo um looping sem fim. Ao longo desses 8 anos já emagreci 10kg duas vezes, mas não consegui manter e sempre engordava de novo e cada vez mais.

Em agosto ano, morreu uma das pessoas mais importantes da minha vida: meu avô. As vésperas de completar 81 anos, ele colecionava problemas de saúde que tinham relação direta com a maneira que ele se alimentava e com o sobrepeso. Eu sinto muita falta do meu avô, sofri muito com a morte dele e tenho certeza que ele poderia ter vivido muito mais se tivesse mais saúde. Ele detestava viver a base de remédios e essa é uma das coisas que temos em comum, pois eu também detesto tomar remédio e frequentar hospital.
A morte dele serviu para que eu pudesse ver que aos 28 anos já estava traçando a mesma rota, de provocar problemas de saúde, de "comer" doenças das mais variadas tendo uma alimentação desregrada e pouco saudável. A morte dele serviu para que eu quisesse mudar de verdade e definitivamente, porque eu quero viver muito e quero viver bem. Quero poder ser pras pessoas que eu amo o que meu avô era pra mim: um exemplo de força, amor e determinação.

Meu peso atual era igual ao peso que tive quando a Cecília nasceu, ou seja, estou com o peso de mim gorda mas grávida de 9 meses e isso foi um choque. Mostra todo o descontrole que a situação chegou.

A primeira providência que tomei foi ir ao médico e pedir exames completos para saber quais eram as condições da minha saúde e pra minha felicidade estava tudo muito bem, todos os níveis bons e todos os orgãos funcionando direitinho. Ponto pra mim!
Na visita ao endocrinologista ele quis me passar um remédio pra emagrecer e eu disse que já tinha pegado essa barca furada e não queria mais passar por isso e a resposta dele foi: "procure então uma nutricionista, porque eu aqui só passo remédios".
Foi exatamente o que eu fiz, encontrei uma nutricionista muito querida que entendeu minhas nece$$idades e me passou uma dieta completamente aceitável e exequível.

Também voltei pra academia e isso me fez um bem imenso, poder ter um tempinho só pra mim e botar o corpo em movimento faz uma diferença enorme.

O que todas essas tentativas ao longos dos anos me ensinaram foi que não existe milagre e que emagrecimento rápido não é e não tem como ser efetivo. Que é preciso muita determinação e muito foco, que é preciso querer por você e não pelos outros, que não é fácil mas também não é impossível, que é tudo uma questão de escolha e que o melhor é sempre fazer uma escolha de cada vez. Sem neura, sem desespero e com a certeza de que o objetivo será alcançado.

Abri o olhos para alimentos saudáveis e que podem e são gostosos, pra receitas, pra um relacionamento diferente com a comida e tenho certeza absoluta de que agora vai. Porque afinal de contas, só não consegue quem desiste.

Até a próxima!

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